A COMUNIDADE CIENTÍFICA TEM QUE SE VULGARIZAR

Novo artigo da Drª Teresa Damásio, administradora do Grupo Ensinus disponível na íntegra.

Veja aqui

 Quando pensamos na Ciência achamos que só uma elite é que pode e deve ter acesso a esta quando é precisamente o oposto.

A comunidade científica tem vindo a crescer. Há programas escolares e académicos que têm promovido a massificação da cultura científica através do envolvimento de toda a comunidade. Desde o ensino básico [1][2]que temos as aprendizagens gizadas em torno da difusão de diferentes áreas que visam estimular a inovação, a criatividade e o pensamento crítico. Mas, é quando chegamos ao ensino superior que encontramos mais obstáculos a superar.

A priori não deveria ser assim. A existência de programas de graduação, de mestrado e de doutoramento deveria tornar tudo mais simples e as atividades de investigação deveriam ser populares e de fácil acesso. No entanto, os dados dizem-nos que não é assim e apesar da existência da Fundação para a Ciência e Tecnologia[3],entre outras das quais destaco a Fundação Calouste Gulbenkian[4] e a Fundação Champalimaud[5] que visa precisamente apoiar os investigadores os números de mestres e doutores ainda não estão em linha com o resto da União Europeia e muito menos com os dos Estados Unidos e do Japão.

A nível europeu existem diversas organizações como o European Research Council [6] que fomenta a educação e a cultura científica europeia, mas mesmo assim o número de investigadores portugueses envolvidos não é satisfatório.

É certo que tem sido feito um esforço enorme através de instrumentos como a Plataforma Ciência Viate, entre outros, que visa uma gestão eficaz do curriculum científico, mas mesmo assim ainda não conseguimos massificar a educação e a cultura científica.

É preciso ir mais além e reformular a forma como se pensa o ensino superior e a ligação que existe entre a instituição de ensino e as atividades de investigação que devem começar a ser promovidas desde o primeiro dia de aulas na universidade de forma transversal em todas as áreas científicas. É essencial ter presente que a investigação não é um exclusivo das científicas exatas e que todos podem e devem participar em atividades de educação e cultura cientifica.

Se este propósito for assumido pela sociedade no seu todo, conseguiremos que a ciência fique ao alcance de todos e que o trabalho que é iniciado no ensino básico e secundário tenha continuidade no ensino superior.

 [1] https://ecoescolas.abae.pt/ “Eco-Escolas é um programa internacional da “Foundation for Environmental Education”, desenvolvido em Portugal desde 1996 pela ABAE. Pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade.”
[2] https://www.cienciaviva.pt/ Programa Ciência Viva  – “A Ciência Viva nasceu em Portugal em 1996 por iniciativa de José Mariano Gago, então Ministro da Ciência e da Tecnologia, como um programa governamental dedicado à promoção da educação e da cultura científica.”
[3] https://www.fct.pt/fct/ A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) é a agência pública nacional de apoio à investigação em ciência, tecnologia e inovação, em todas as áreas do conhecimento. Tutelada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a FCT iniciou atividades em agosto de 1997 sucedendo à Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT). Desde 1 de março de 2012, a FCT sucede à UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, I.P. na responsabilidade pela coordenação das políticas públicas para a Sociedade da Informação em Portugal. Em 1 de outubro de 2013, a FCT assumiu as atribuições e competências da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN).

[4] https://gulbenkian.pt/ “De nacionalidade Portuguesa e instituída em perpetuidade, a Fundação tem como propósito fundamental melhorar a qualidade de vida das pessoas através da arte, da beneficência, da ciência e da educação. A Fundação desenvolve as suas atividades a partir da sua sede em Lisboa e das delegações em Paris e em Londres, tendo também intervenção através de apoios concedidos desde Portugal nos PALOP e Timor-Leste bem como nos países com Comunidades Arménias.”
[5] https://www.fchampalimaud.org/pt-pt “A Fundação Champalimaud faz investigação em áreas de ponta e tem como prioridade estimular descobertas que beneficiem as pessoas, bem como patrocinar novos padrões de conhecimento.”
[6] https://erc.europa.eu/ “The ERC’s mission is to encourage the highest quality research in Europe through competitive funding and to support investigator-driven frontier research across all fields, on the basis of scientific excellence.

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